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estúdios "forest city"

academia

data. 2021-2024

 

Seguindo as experiências acadêmicas de estúdios de arquitetura em parceria com comunidades indígenas na Escola de Arquitetura do City College (CUNY), Escola da Cidade em São Paulo e Universidade de Columbia, NY, o Forest City Studio organiza uma série de estúdios focados em questões indígenas na AAP, Universidade Cornell. Junto com comunidades indígenas no Brasil e nos Estados Unidos, esses estúdios se opõem ao silenciamento sistemático que obscurece a presença indígena em nossos espaços educacionais e, ao fazê-lo, reconhecem sua existência histórica e a importância atual de sua sofisticada epistemologia.

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Ao estabelecer e fortalecer espaços de interação entre diferentes visões de mundo, esta iniciativa pedagógica se apresenta como um espaço para a análise crítica da própria prática arquitetônica, propondo novas perspectivas sobre questões como mudanças climáticas e ideias de progresso. O Studio Forest City motiva os alunos a explorar por meio do design novas soluções espaciais, materiais e programáticas para criar cenários que desconstroem a distância entre o que é "natureza" e o que é "humano" ou "urbano". Ao estabelecer o lugar da “alteridade” como premissa para a criatividade do design, abre novas perspectivas para problemas modernos, especialmente no que se refere à atual crise socioambiental.


ForestCity:Xingu (2021)
em parceria com o Povo Yudjá (Xingu, Brasil)

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Os estúdios sempre começam com uma fase de pesquisa e engajamento, quando visitamos o “contexto sociocultural expandido” da comunidade parceira. Por meio de leituras, discussões, interação com representantes da comunidade e pesquisa, os alunos são orientados a questionar as premissas ideológicas embutidas no processo.
Aos poucos, eles começam a desvendar os valores colonizadores inerentes ao que aprendem, recorrendo a interpretações gráficas e espaciais criativas como ferramentas de expressão que revelam um novo entendimento, uma nova subjetividade. Nessa fase, a representação pictórica e espacializada induz à necessidade de síntese subjetiva e à reconceitualização dos temas apresentados, levando também ao questionamento e à expansão da linguagem arquitetônica e seus modos de representação.


ForestCity:Salamanca (2022)
com a Nação Indígena Seneca (NY, EUA)


ForestCity:Onondaga (2023)
com a Nação Onondaga (NY, EUA)

 

Após o processo de engajamento e análise crítica, os alunos propõem espaços e estratégias de design guiados por sua interpretação da realidade sociocultural na qual a comunidade está inserida, bem como pelas questões que a própria comunidade parceira coloca. Assim, os projetos resultantes tornam-se meios de mediação entre a prática arquitetônica como a entendemos hoje e os valores históricos e atuais manifestados pela comunidade, apresentando-se como um híbrido onde duas subjetividades podem se encontrar.
Conceitos como a integração entre “construído e natural”, noções de temporalidade circular, territórios não fragmentados pela propriedade individual, sistemas de tomada de decisão não coercitivos e equidade de gênero se fundem com práticas decorrentes do cotidiano das comunidades parceiras (ou suas aspirações de resgatar práticas adormecidas) para orientar as decisões de design. Nesse processo de tentativa de equilíbrio de diferentes sensibilidades, abre-se espaço para propostas de design que estejam enraizadas em um território onde o “tradicional e o moderno” se encontram.


ForestCity:Gayogoho:no (2024)
com o grupo Gayogoho:no em Seneca Falls, NY.

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